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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

TRILHA DO BETARI - 3a. Trilhas de Marcelle

Trilha realizada nos dias 8 a 10 de abril de 2011, na cidade de Iporanga, São Paulo, dentro do PETAR - Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira.


O caminho até a cidade de Iporanga no dia 8 foi longo . . . Iniciou-se as 6:30, embarquei no terminal da Barra Funda com destino à cidade de Eldorado, já que não existe em São Paulo um ônibus direto para Iporanga, município que faz divisa com o Paraná. Depois de 5 horas de viagem pela Regis cheguei mais ou menos 11:30 h em Eldorado, cidade turística, que possui o Parque Estadual Caverna do Diabo, muito procurado pelos turistas visitantes da região. 
Descobri na rodoviária da cidade que a única linha de ônibus, que vai até Iporanga sai de 1h em 1h, ou seja, próxima partida: 12:30h! O jeito era esperar. . . Embarquei rumo à Iporanga. 
Após 2h  de viagem cheguei no centro da cidade achando que ia encontrar uma rodoviária enorme . . .
O que vi quando desembarquei? 
Uma cidade minúscula e uma praça no centro! 
Perguntei pela rodoviária e me disseram: - É aqui mesmo! 
Pensei... mas isso aqui é uma praça! 
Descobri mais tarde que a referência que a população de lá tem na cidade é a praça, considerada: A Rodoviária. 
Não parou por aí as surpresas. Tinha que chegar na pousada em que ficaria hospedada. A pousada fica no bairro Alto da Serra.  Somente  é possivel chegar no local de carro ou ônibus. A única linha de ônibus existente já tinha passado a meia hora antes (são somente dois horários). E agora? Entrei em contato com a pousada e fui informada  que o único jeito era pegar um táxi. Ufa! Pensei... Agora é só esperar o táxi, achando que ia ser um táxi branco ou com alguma indicação assim como em São Paulo. 
De repente aparece um carro comum, uma pessoa desceu do carro e disse: - É você que vai pra pousada da Diva? Respondi que sim. 
O homem disse normalmente: - Ah, então pode entrar, eu levo você até lá . . . Entrei meio desconfiada, mas não tinha outro jeito, então cheguei na pousada mais ou menos 3 horas da tarde!  Depois de uma viagem dessas, a única coisa que desejava era descansar!


No dia seguinte dei início à trilha que passaria por várias cavernas. A cidade de Iporanga é cortada pelo rio Betari. Trilha considerada de dificuldade média, efetuada apenas com o acompanhamento de monitores ambientais cadastrados pelo parque. Cheguei na primeira caverna que leva o nome de Caverna de Santana. Dentro das cavernas só é permitida a entrada com equipamentos de segurança, como capacete, lanterna, calça comprida e camisetas com mangas e tênis ou sapato fechado. O primeiro grande desafio foi descer até a caverna! 


Não tinha idéia de como era uma caverna por dentro. Mas tinha uma incrível curiosidade em descobrir . . . E  a aventura pelo desconhecido começou!


Fiquei maravilhada com o que vi! Verdadeiros  salões gigantes com esculturas intrigantes esculpidas pela ação da água e do tempo em milhares de anos. O ambiente dentro da caverna é úmido e completamente sem luminosidade, utilizamos apenas as lanternas. Estava  em um grupo de  oito pessoas. Todas sentaram no chão e apagaram suas lanternas . . . Não se via nada à frente e para qualquer lado que se tentasse enxergar algo a escuridão era completa!

O que lembra essa escultura acima? Hummm?

O equipamento é colocado dentro da caverna para medição da temperatura interna.


No segundo dia de aventura visitei as cavernas Alambari de Baixo e Água Suja. Em determinados trechos das cavernas a água atinge o peito, até o ponto em que é necessário mergulhar para poder atravessar o obstáculo.





Para fechar o dia . . . Boia-cross no rio Betari! Boia-cross é um esporte de aventura, em que se desce o rio numa boia. Quase desisti quando vi a correnteza. Resolvi ir em frente, apesar de certa dificuldade em completar o percurso devido ao meu pouco peso, cheguei ao final . . .
Foi um fim de semana maravilhoso!!!  Descobri belezas naturais escondidas em muitas cavernas . . . Vivi boas doses de aventuras . . . 
Pretendo repetir a dose na cidade de Apiaí, visitando o núcleo Caboclos do Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira. Vale a pena!

Marcelle Marinho
Educadora e Gestora Ambiental