Li este livro em 2017. Aqui estamos diante de um testemunho em primeira pessoa, escrito não apenas por uma testemunha ocular mas também por um agente diretamente envolvido na guerra que nos tenta reconstruir. A experiência de Beah como soldado se dá em apenas uma parte do livro, antes disso, temos um relato detalhado do que foi sua vida desde que o seu vilarejo foi tomado pelos rebeldes, perambulando por um ano, a fim de fugir da morte. Depois uma extensa exposição do seu lento processo de redenção. Ishmael Beach oferece-nos um relato sincero e sem rodeios das consequências de uma guerra para os seus envolvidos, no que diz respeito a falta do humanismo e à banalização da morte.
É uma leitura difícil, densa, mas que certamente vale a pena.
Marcelle Marinho
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