Li esse livro em 2019. É um ensaio dividido em quatro capítulos no qual o autor explora de forma crítica os aspectos históricos, sociais, culturais e econômicos que propiciaram a criação de um modo de vida, o chamado 24/7 (24 horas por dia, 7 dias por semana), em que a relação de consumo se dá de maneira ininterrupta, sem limitações de tempo e espaço, rompendo várias fronteiras necessárias para o equilíbrio do nosso planeta: o dia e a noite, o trabalho e o descanso, a vigília e o sono - este, a última barreira orgânica, humana, intransponível para o avanço irrefreável do capitalismo.
Por meio de análises de romances, filmes, obras de arte e de diálogos com o pensamento de filósofos como Marx, Arendt e Foucault, Aristóteles o autor desenvolve uma leitura instigante do mundo contemporâneo, levantando várias reflexões. Não é uma leitura simples, parei em muitos trechos. Foi um livro que me deixou com a "pulga atrás da orelha" ao olhar para forma como trabalhamos, consumimos, como nos relacionamos com as pessoas e com mercadorias, como comemos e claro, como dormimos.
Marcelle Marinho